sábado, 31 de outubro de 2009

O assassino sem face

De vez em quando, postarei uns poemas de minha autoria.

O assassino sem face

A noite cai, o Sol se põe,
Ele anda pelas ruas escuras
Procurando uma vítima,
Alguém para satisfazer suas loucuras.

A lâmina de sua adaga brange,
Penetrando o macio ventre de uma bela dama.
O sangue escorrendo, a vítima agonizando,
O assassino mais uma vez consuma sua gana.

Muito se fez para encontrá-lo,
Parece-se com um fantasma
Que aos meus sonhos vem assombrar.
Quarenta e sete vítimas nas gavetas de um sombrio necrotério,
E por mais, teme o delegado, estão a esperar.

Dizem que é alto, que é baixo,
Que é forte, que tem olhos de uma feroz pantera,
Com uma reluzente bota militar a calçar,
Mas não sabem ao certo como é.

Homem sem face foi o apelido dado,
Àquele que a tantas vidas tirou
Com a crueldade de um carrasco
No qual dizem que se inspirou.

Uma noite hei de encontrá-lo,
Herói desta cidade quero ser.
Um detetive particular,
O qual muitos chamam de “bitolado”.

Tudo escuro, uma confusão acontecendo;
Multidões gritando, minhas mãos não estão se mexendo.
Policiais segurando a mim, algemado.
Não entendo o que está acontecendo.

Olho pra frente, vejo uma dama
Com os olhos demonstrando medo e alívio.
Em choque parecia estar,
Uma emboscada havia sido planejada.

Após alguns minutos sem nada entender,
As informações, consigo assimilar,
Aquele cruel assassino era eu.
Uma segunda personalidade, que não conseguia controlar foi diagnosticada.

Na prisão apodreci por dois anos até meu julgamento chegar
Meu destino: Cadeira elétrica.
Mais um ano de espera no corredor da morte
Para que minha vida se encerrasse.


O guarda chamou meu nome,
renderam a mim um capacete e algemaram-me à cadeira.
As últimas palavras me concederam
Com apenas uma lágrima impura em meu rosto, disse:
“Não há segunda personalidade
Matava, pois sentia sede de sangue,
Agora, venha até mim, morte, e leve-me para o inferno,
Onde passarei a eternidade e a Hades encontrarei.


MCPS 22.05.09

Um comentário: